13 Novembro 2023
tecedeiro

O poeta português André Tecedeiro visita a Extremadura esta semana e a primeira das suas intervenções tem lugar na quarta-feira, 15 de novembro, às 20:00 (hora espanhola), no MEIAC (Museu Extremenho e Ibero-Americano de Arte Contemporânea) em Badajoz. Nesta ocasião, será feita a apresentação e leitura de El arte de la Fuga com a tradutora para o espanhol desta obra, Susana Abrantes Pereira.

Na quinta-feira, dia 16 de novembro, André Tecedeiro vai ter uma conversa com os alunos de português da Escola Oficial de Línguas de Montijo (Badajoz) e a atividade terá lugar na Biblioteca Pública do Montijo, às 16h30. A seguir Tecedeiro apresenta El Arte de la Fuga em Mérida, às 18h30, na livraria La Selva dentro (rua Romero Leal nº 5).

Sobre o autor

André Tecedeiro, uma das vozes mais relevantes da poesia portuguesa recente, constrói A Arte da Fuga a partir da memória de prisioneiros famosos e anónimos que se revoltaram contra os grilhões. De Hugo Grotius, preso pelos seus escritos religiosos e que fugiu numa mala de livros, a Harriet Tubman, uma escrava afro-americana que escapou da sua plantação e depois ajudou centenas de outros a fugir. Da escola de gladiadores em Cápua, atual Campânia, onde Spartacus foi treinado, a Dias Lourenço, um militante comunista português que provou que era possível escapar da terrível fortaleza de Peniche.

Nestes poemas vive a dor da prisão, mas também a fúria luminosa da fuga. As palavras de Tecedeiro, leves como a corrida de um fugitivo, são um exercício de resistência, uma ameaça aos carcereiros: se há prisão, há fuga.

André Tecedeiro nasceu em Santarém em 1979 e viveu em Portalegre até 1997. Vive e trabalha em Lisboa. Estudou Escultura e Pintura (licenciatura) na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, Artes Visuais Intermédia (mestrado) na Universidade de Évora e Psicologia na Universidade de Lisboa, com especialização em Psicologia dos Recursos Humanos, do Trabalho e das Organizações.
Enquanto artista plástico, realizou mais de cinco dezenas de exposições e foi nomeado para os prémios Fuso (2015); Cena d’Arte (2004); Celpa-Vieira da Silva (2003); Fidelidade Jovens Pintores (2002). Os seus poemas, agora reunidos, foram publicados nos livros Rebento-Ladrão (Tea for One, 2014), Deitar a Trazer (Douda Correria, 2016), O Número de Strahler (Do Lado Esquerdo, 2018) e A Arte da Fuga (Do Lado Esquerdo, 2019), em revistas literárias como Flanzine, A4, Nervo, Tlön, Theodora, Tutano, Modo de Usar e nas antologias Mixtape II (Do Lado Esquerdo, 2018) e Casa (Do Lado Esquerdo, 2016). A sua poesia foi tema de uma sessão do Clube dos Poetas Vivos, (Teatro Nacional D. Maria II, 2019), de uma leitura encenada do ciclo Da Voz Humana (Livraria Ferin, Lisboa, 2019) e de diversos programas de rádio e podcasts. Teve o raro privilégio de escolher o seu próprio nome, que usa legalmente desde 2017.

Imagen
André Tecedeiro no MEIAC