O mais antigo dos festivais ibéricos chega este ano na sua trigésima nona edição, com um programa que começa a 27 de maio e termina a 10 de junho, dia de Portugal.
A Sociedade Filarmónica de Badajoz, organizadora deste festival, oferece várias propostas musicais que vão do jazz ao flamenco e da antiga música portuguesa à música espanhola de Manuel de Falla e criações contemporâneas de Inés Badalo ou José Río-Pareja, reunindo músicos de diferentes origens geográficas e artísticas na edição mais multicultural de todas as realizadas.
O primeiro concerto, que terá lugar no dia 27 de maio às 21h00 no pátio da Biblioteca da Extremadura, ficará a cargo da formação Saher, composta por músicos do Irão, Cuba e Espanha. É um diálogo musical inédito entre três continentes, com música persa, afro-cubana, árabe, jazz, flamenco, charrada ou da África Ocidental. Juntamente com os membros do Saher (Pablo Hernández Ramos, Kaveh Sarvarian e Yarel Hernández) a apresentação contará com a participação especial de três músicos excepcionais: o guitarrista flamenco Jerónimo Maya, a cantora de Badajoz La Kaíta e o percussionista nigeriano Akin Onasanya.
No sábado, 28 de maio, às 12h00 e no teatro López de Ayala, em Badajoz, o público familiar poderá desfrutar de 'Parade, o circo dos valentes', o mais recente espetáculo de La Maquiné. É um espetáculo multidisciplinar inspirado no mundo do circo de outrora, cujo protagonista é o elefante Babar. Nele haverá actores, fantoches, circo, palhaços, magia, objetos e música ao vivo e canto. O seu repertório musical inclui peças dos compositores Erik Satie, Francis Poulenc e Igor Stravinsky.
Música na rua / Música en la calle
No domingo, 29 de maio, a partir das 12h00, a música vai chegar a diferentes praças e ruas de Badajoz com diferentes grupos musicais dos conservatórios da cidade e também de vilas de Portugal com a atividade 'Música em la calle/Música na rua'. O grupo de cordas Camerata do Conservatório 'García Matos' de Plasencia, alunos da Academia de Novas Iniciativas Musicais de Badajoz ou a banda portuguesa de Estremoz participam nesta edição.
Esta é uma das atividades mais celebradas e esperadas do Festival Ibérico de Música pelo público. Reúne, sobretudo, jovens músicos de diferentes disciplinas e formações. Nos últimos 25 anos, participaram mais de 700 crianças e jovens estudantes, a metade deles de Portugal.
No dia 31 de maio, no teatro López de Ayala, às 20h30, ‘El amor brujo. Esencias da música de Manuel de Falla' por um dos mais destacados conjuntos de música antiga: o Euskal Barrokemsemble, liderado pelo guitarrista Enrike Solinís. O Ensemble será acompanhado pela cantaora Sandra Carrasco e pela bailaora María Moreno.
No dia 10 de junho, dia de Portugal, chega mais uma proposta ligada a Portugal com Maria Bayley, multi-instrumentista portuguesa que vai apresentar o programa de música antiga 'Esperar, sentir. Canto, harpa e teclado no Barroco ibérico.
O concerto terá lugar às 20h30 na Igreja de Santa Catalina, um novo espaço cultural da cidade de Badajoz que utiliza pela primeira vez o Festival de Música Ibérica para as suas atividades.
Cheles e Villar del Rey
O Festival de Música Ibérica vai chegar também na sua 39ª edição às cidades de Cheles e Villar del Rey com o XII Festival Jovem, a secção dedicada a estudantes de música e jovens intérpretes de Espanha e Portugal.
Nesta edição, a violoncelista Clara Martínez Moreno participa no dia 3 de junho na Igreja Purísima Concepción em Cheles às 20h30, enquanto o violonista Luis Márquez Hinchado oferece um concerto no dia 5 de junho no Centro Cultural Villar del Rey, às 20h00 da tarde.
